sexta-feira, 22 de abril de 2011

VISÃO ESPÍRITA DA PÁSCOA

O Espiritismo não celebra a Páscoa, mas respeitas as manifestações de religiosidade das diversas igrejas cristãs, e também não proíbe que seus adeptos manifestem sua religiosidade.

Páscoa, ou Passagem, simboliza a libertação do Povo Hebreu da escravidão sofrida durante séculos no Egito, mas no Cristianismo comemora a Ressurreição do Cristo que se deu na Páscoa Judaica do ano 33 da nossa era, e celebra a continuidade da vida.

O Espiritismo, embora sendo uma doutrina cristã, entende de forma diferente alguns dos ensinamentos das igrejas cristãs. Na questão da ressurreição, para nós espíritas, Jesus aparece à Maria de Magdala e aos seus discípulos, com seu corpo espiritual, que chamamos de perispírito. Entendemos que não houve uma ressurreição corporal, física. Jesus de Nazaré não precisou derrogar as leis naturais do nosso mundo para firmar o seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo a ressurreição.

Isto não invalida a Festa da Páscoa se a encararmos no seu simbolismo. A Páscoa Judaica pode ser interpretada como a nossa libertação da ignorância, das mazelas humanas, para o conhecimento, o comportamento Ético-moral. A travessia do Mar Vermelho representa as dificuldades para a transformação. A Páscoa cristã, representa a vitória da vida sobre a morte, do sacrifício pela verdade e pelo amor. Jesus de Nazaré demonstrou que pode-se Executar homens, mas não se consegue matar as grandes ideias renovadoras, os grandes exemplos de amor ao próximo e da valorização da vida. 

Como a Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, queremos deixar firmado o conceito que aprendemos no Espiritismo, que a vida só pode ser definida pelo amor, e o amor pela vida. Foi por isso que Jesus de Nazaré afirmou que veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância, isto é, plena de amor.

ALMÍCAR DEL CHIARO FILHO


TEXTO RETIRADO DO SITE:
http://www.armazemdesonhos.com.br/CantinhoEspirita/mensagens/visaoespiritapascoa.htm

quarta-feira, 6 de abril de 2011

MORTE PREMATURA


PDFImprimir
ENTREVISTA COM PAULO HENRIQUE FIGUEIREDO
Por Cathia Abreu


Quem tem medo da morte?

C
omo falar sobre o assunto, principalmente, com crianças?
Mistério para muitos, assunto proibido para alguns, vida e esperança para outros. A morte possui vertentes que nos levam a repensar nossos conceitos sobre esse processo natural. Apesar de ser uma das únicas certezas para algumas pessoas, uma notícia de morte deve ser dada com atenção e buscando sempre a tranquilidade e o devido carinho para com aquele que deve recebê-la. Para isso, é preciso harmonia interior e equilíbrio. Quando o receptor da notícia é uma criança então, esse carinho e atenção devem ser redobrados. Traumas, tristezas e outras mazelas podem ser fruto de uma notícia brusca de morte.
Para falar desse assunto tão delicado, o Correio Espírita buscou a experiência de Paulo Henrique de Figueiredo, pesquisador e divulgador do Espiritismo, diretor de redação da Revista Universo Espírita.

Correio Espírita - A morte, para muitos, é a única certeza. Contudo, a maioria das pessoas prefere ignorar esse momento que, naturalmente, todos nós vamos passar. Qual a opinião do senhor sobre isso?

Paulo Henrique de Figueiredo - A humanidade está condicionada pela febre do consumo. Todo dia, as grandes corporações criam novas necessidades anunciadas com insistência na mídia. Diante desse modo de vida, a morte é um grande inconveniente que precisa ser ignorado a todo custo. O trabalho está em competir para aproveitar ao máximo a vida, propõe o materialismo, pois só existe o nada depois dela! É claro que essa busca está recheada de angústia, frustração e desespero. Nessa luta insana, a esmagadora maioria da população mundial sofre com fome, ignorância e desprezo. Por sua vez, a minoria abastada vive acuada pela violência e o medo de perder seus bens. Olhe à sua volta: ninguém pode ser feliz nessas condições. Não há nada de errado em desejar bem estar e conforto, mas é preciso considerar a existência da vida futura, propõe o Espiritismo. Só quando reconhece a continuidade da vida após a morte e a responsabilidade pelos seus atos, o indivíduo vê sentido na solidariedade. Um mundo feliz surgirá quando a competição for superada pela cooperação e houver igualdade de oportunidade para todos.

C.E.- Qual é a visão espírita para a morte?

P.H.F. - A explicação desse fenômeno pelo Espiritismo não é um sistema criado por Allan Kardec, mas sim o resultado da observação. Foram os espíritos que vieram nos descrever essa realidade. A alma, longe de ser uma abstração, é um ser que possui um corpo, o perispírito, vivendo num universo paralelo ao nosso. Quando dormimos, a alma liberta-se do corpo físico e age no mundo espiritual, como ocorrerá após a morte. Desse modo, morrer é passar por um sono de transição, despertando para a verdadeira vida. Infelizmente, os costumes cercam esse fenômeno de medo, repulsa e cerimônias tristes e sinistras. Além disso, a morte é sinônimo de terror nos filmes, noticiários e livros. É uma questão de cultura. A educação espírita poderá reverter essa condição, apresentando a morte como lei natural; associada a renovação, continuidade da vida e esperança.

C.E - A morte para os adultos já é tema que não agrada. E para falar de um assunto tão difícil para as crianças. Existe alguma maneira mais apropriada?

P.H.F - Muitas famílias costumam esconder a morte das crianças pensando em poupá-las da dor. Isso acontece até com animais de estimação. Há quem diga que o bichinho fugiu, para não falar da morte. No entanto, não seria essa a melhor oportunidade para falar do assunto? Explicar com naturalidade que o animal não morreu, apenas seu corpo, ele continua vivo e irá renascer em outro animal, evoluindo sempre. Quando a morte de alguma pessoa próxima ocorrer, esse exemplo será útil. Também é comum dizer à criança que a pessoa que morreu foi viajar para muito longe. Além de ficar esperando uma volta que nunca irá ocorrer, a criança ficará com medo de que ela ou outra pessoa viaje! Ninguém consegue esconder o sentimento e a insegurança desse momento: o melhor a fazer é explicar que a morte é uma separação momentânea, e que, quando o corpo morre, ele não mais se refaz. No entanto, haverá um reencontro futuro, quando todos estarão novamente juntos no mundo espiritual. Desse modo, será possível compartilhar com a criança a saudade da separação com naturalidade. Não há nada de errado em ficar triste, esse sentimento é natural.

C.E - E uma morte que, aparentemente, aconteceu de maneira precoce. Com crianças, por exemplo. Existe uma explicação à luz da Doutrina Espírita para isso?

P.H.F - É exatamente nos casos de morte prematura que a reencarnação mostra toda a sua justiça e grandeza. Se a vida fosse uma só, porque Deus permitiria que houvesse a morte prematura? Porque o Criador criaria condições diferentes para seus filhos? Cada uma de nossas vidas é uma oportunidade de superarmos defeitos e explorarmos as capacidades inatas de nossa alma. Escolhemos, antes de nascer, as melhores provas de acordo com os objetivos morais e intelectuais de nossa alma. Os Espíritos explicam que na maioria das vezes a morte prematura é uma prova para os pais, com o objetivo de lidar com a perda e a frustração desse fato, desenvolvendo paciência, superação e confiança em Deus.

C.E - Uma notícia de morte, muitas vezes, traz depressão e desesperança. O que dizer para quem passou por uma "perda" de entes queridos?

P.H.F - Quando compreendemos mais detalhadamente a vida futura, o medo da morte perde o sentido. A tristeza e a saudade diante da separação é um sentimento natural e sadio. No entanto, revolta, desespero e depressão - quando se ampliam e aprofundam - podem desencadear doenças e sofrimento ainda maiores. O mundo espiritual não é uma fantasia, mas uma realidade científica. Os Espíritos participam de nosso convívio e acompanham nossos sentimentos. A relação entre os dois mundos faz parte de nosso cotidiano. Há milhares de anos, os antigos egípcios não viam a morte como uma fronteira intransponível. Era comum entrar em contato com os entes queridos por meio dos sonhos, pelo poder dos sacerdotes. O Espiritismo, porém, explica que esse fenômeno é natural e pode estar ao alcance de todos. Podemos, por meio da prece, realizar esse reencontro. Quando sonhamos com os entes queridos, uma emoção inequívoca irá confirmar a realidade do fato, trazendo esperança, alegria e fé no futuro.
Não há medo da morte para quem reconhece a vida eterna.

Publicado no Jornal Correio Espirita edição 27 de Setembro 200

sábado, 2 de abril de 2011

Estreia do Filme 'As Mães de Chico Xavier'




Estreiou ontem, sexta-feira, dia 1º de abril de 2011, nas principais salas de cinema de todo o Brasil, o filme "As Mães de Chico Xavier".


O filme, que traz Nelson Xavier mais uma vez no papel do famoso médium brasileiro, é baseado em acontecimentos reais e conta a história de três mães: Ruth, que tem um filho adolescente com problemas sérios relacionado às drogas; Elisa, que tenta compensar a ausência do marido se dedicando integralmente ao seu filho; e Lara, uma professora que passa por um dilema após uma gravidez não planejada. Estas três mulheres vivendo experiências tão fortes e distintas encontrarão o conforto e verão suas realidades se transformarem através do contato com o médium.



Para saber mais sobre o filme visitem:


Site oficial: http://www.asmaesdechicoxavier.com.br/

Blog Oficial: http://www.asmaesdechico.blogspot.com/

Twitter: @maeschicoxavier

Facebook: Mães de Chico Xavier

ENCONTRO E SEMINÁRIO SOBRE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL


A CASA ESPÍRITA NOSSO LAR RECEBEU NO DIA 20 DE MARÇO DE 2011, A EQUIPE DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA, RESPONSÁVEL PELA EVANGELIZAÇÃO INFANTIL NOS ESTADO DO CEARÁ. O SEMINÁRIO VEIO ENRIQUECER MAIS AINDA OS EVANGELIZADORES E TRABALHADORES DA NOSSA INSTITUÍÇÃO. É PRETENSÃO NOSSA, INICIAR ASATIVIDADES NO DIA 17 DE ABRIL COM AS CRIANÇAS. QUE DEUS NOS GUIE NESSE MAIS NOVA MISSÃO CRISTÃ. 

ANIVERSÁRIO DE CHICO XAVIER


Francisco Cândido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier, considerado o médium do século e o maior psicógrafo de todos os tempos, nasceu em Pedro Leopoldo, pequena cidade do estado de Minas Gerais, Brasil, no dia 2 de Abril de 1910. 

Filho de um operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, falecida em 1915, quando o filhinho contava apenas com 5 anos de idade. Na altura tinha mais 8 irmãos, tendo todos sido distribuídos por vários familiares e pessoas amigas. Como órfão de mãe em tenra idade, sofreu muito em casa de pessoas de precária sensibilidade. 

Aos nove anos seu pai, já casado novamente, empregou-o como aprendiz numa indústria de fiação e tecelagem. De manhã, até às 11 horas, freqüentava a escola primária pública, depois trabalhava na fábrica até às 2 horas da madrugada. Aprendeu mal a ler e a escrever. Quando concluiu o pequeno curso da escola pública empregou-se como caixeiro numa loja e mais tarde como ajudante de cozinha e café. 

Em 1933 o Dr. Rômulo Joviano, administrado da Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, deu ao Jovem Xavier uma modesta função na Fazenda e lá se tornou um pequeno funcionário público em 1935, tendo trabalhado consecutivamente até finais dos anos cinqüenta, altura em que foi aposentado por invalidez (doença incurável nos olhos), com a categoria de escrevente datilógrafo . Não podemos deixar de registrar, sob pena de cometermos grave omissão, que durante as décadas que esteve ao serviço do Ministério da Agricultura, jamais -- não obstante a sua precária saúde e trabalho doutrinário, fora das horas de serviço -- deu uma única falta ou gozou qualquer tipo de licença, conforme documentos facultados pelo M. A. Em finais da mesma década de cinqüenta, vai residir em Uberaba - MG, por motivos de saúde e a conselho médico, onde permanece até hoje e apenas com a sua magra reforma (aposentadoria). 

As suas faculdades mediúnicas são extraordinárias, Sua mediunidade (capacidade natural de ser intermediário entre o plano material e o plano espiritual) manifestou-se, quando tinha 4 anos de idade, pela clarividência e clariaudiência, pois via e ouvia os Espíritos e conversava com eles sem a mínima suspeita de que não fossem homens normais do nosso mundo. Já como jovem e depois como adulto, muitas vezes não diferencia de imediato os homens dos Espíritos. Aos 5 anos, já órfão de mãe, esta manifestou-se várias vezes junto dele encorajando-o e dizendo-lhe que não poderia ir para casa porque estava em tratamento, mas que enviaria um bom anjo que juntaria novamente a família. Esse bom anjo foi a D. Cidália, a segunda esposa de João Xavier, que para casar com o seu pai fez questão de reunir todos os filhos do primeiro casamento e lhe daria depois mais cinco irmãos.

Quando tinha 17 anos, fundou-se o grupo espírita Luiz Gonzaga , onde rapidamente desenvolveu a psicografia, isto é, a faculdade de escrever mensagens dos Espíritos. Época em que se desligaria da Igreja Católica onde deu os primeiros passos na espiritualidade, mas onde não encontrava explicação para os fenômenos que se passavam com ele, designadamente a perseguição de espíritos inferiores de que era alvo. O padre que o ouvia nas confissões foi um conselheiro, um verdadeiro pai e não o dissuadiu do caminho que iniciou no Espiritismo, mas abençoou-o e nunca deixou de ser seu amigo. 

No centro espírita começou a psicografar poemas notáveis de famosos poetas mortos, num nível literário tão elevado que os próprios companheiros do grupo não conseguiam atingir integralmente o seu conteúdo. Muitos desses poetas eram totalmente desconhecidos do meio, nomeadamente alguns portugueses: António Nobre, Antero de Quental, Guerra Junqueira e João de Deus. A 9 de Julho de 1932, seria publicada a célebre PARNASO DE ALÉM-TÚMULO , a sua primeira obra psicografada que iria abalar os meios intelectuais do Brasil e tornar conhecida a pacata Pedro Leopoldo.

O estilo dos 56 poetas mortos, entre os quais vários portugueses, era precisamente idêntico ao estilo dos mesmos enquanto vivos, informavam os literatos das academias e universidades dos grandes centros culturais do Brasil, embora não soubessem explicar o fenômeno. Seria o início da sua imponente obra mediúnica que hoje já ultrapassa os 350 livros. 

Bastava apenas um desses livros para constituir um roteiro seguro para o homem na Terra rumo à sua alforria, à sua felicidade. Seus ensinamentos revivem plenamente o Evangelho de Jesus e as lições do Consolador que Kardec -- o discípulo fiel de Jesus -- nos legou com tanto sacrifício e renúncia. 

Mas de mil entidades espirituais nos deram informações através das suas abençoadas mãos, provando à saciedade a imortalidade do Espírito e a sua comunicabilidade com os homens. Mas falar de Chico Xavier é falar de EMMANUEL que indelevelmente estará ligado à sua missão. Esse venerando Espírito é o seu protetor espiritual e manifestou-se-lhe pela primeira vez de forma ostensiva em 1931, acompanhado-o desde então até hoje. A respeito desse Benfeitor espiritual nos diz o próprio médium: 
Lembro-me de que num dos primeiros contactos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e disse mais que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquece-lo. 

Emmanuel propõe ainda ao jovem Xavier mais três condições para com ele trabalhar: 1ª condição, DISCIPLINA 2ª condição, DISCIPLINA, 3ª condição, DISCIPLINA.

Entre as muitas dezenas de obras mediúnicas de Emmanuel, destacamos os cinco documentos históricos, retirados dos arquivos do plano espiritual, que constituem autênticas obras primas de literatura, e que nos mostram o nascimento do cristianismo e a sua paulatina adulteração logo nos primeiros séculos da era. São os romances mediúnicos baseados em fatos verídicos: HÁ 2000 ANOS ... (a autobiografia de Emmanuel, a história do orgulhoso senador romano Publico Lentulus), 50 ANOS DEPOIS , AVE, CRISTO , RENÚNCIA e PAULO E ESTEVÃO (a história de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante ). Esta última obra, de 553 paginas, por si só justificaria a missão mediúnica de Chico Xavier, segundo o erudito J. Herculano Pires. 

Em 1943 começara a utilizar a mediunidade do abnegado médium uma nova entidade espiritual que assinará as suas mensagens com o nome André Luiz. Quem não conhece, mesmo aqui em Portugal, a quadra:

Não se irrite. SORRIA 
Não critique. AUXILIE 
Não grite. CONVERSE 
Não acuse. AMPARE


André Luiz é o pseudônimo utilizado por um espírito que foi médico e cientista na sua última existência e que desencarnou numa clínica do Rio de Janeiro pelo início da década de trinta. É considerado o verdadeiro repórter de além-túmulo. Relata-nos numa séria de 11 livros a experiência do seu pensamento, as dificuldades iniciais, o reencontro com familiares e conhecidos que o precederam na partida para o plano espiritual a observação e as expedições de estudo junto de Espíritos de elevada evolução. Esses relatos começam com o já célebre, livro NOSSO LAR (nome duma cidade do plano espiritual), hoje traduzido em vários idiomas, entre eles o Japonês e o Esperanto e que já vai na 40ª edição em Português, com 800.000 exemplares editados até hoje. Obra que também iria causar e ainda causa uma certa polemica. Nessa série de reportagens a alma humana é profundamente escalpelizada, e onde se confirma na prática os ensinamentos que Jesus nos legou há dois milênios atrás e que Kardec relembra e amplia tão bem sob orientação do Espírito de Verdade. Um dia, no futuro, os médicos, os psicólogos, os sociólogos, etc., ficarão admirados pela sabedoria neles contida, que já no século XX se encontrava no Planeta, apontando diretrizes segura para a felicidade e paz entre os homens. 

A obra monumental de Chico Xavier que se considera, segundo suas próprias palavras: um servidor humilde -- humilde no sentido da desvalia pessoal , jamais serviu para beneficiar materialmente a sua pessoa. Todos os direitos autorais foram cedidos graciosamente a instituições espíritas, nomeadamente à Federação Espírita Brasileira, e a instituições de solidariedade social. Quando as autoridades públicas lhe concedem títulos de cidadania (mais de cem já lhe foram concedidos) diz que o mérito não é para ela mas para os Espíritos e sobretudo para a Doutrina Espírita que revive os ensinamentos de Jesus na sua plenitude e que ele não passa de um poste obscuro para a colocação do aviso de que a Doutrina Espírita foi premiada com essas considerações públicas . 

Há que registrar também que várias centenas de instituições de solidariedade social forma criadas e inspiradas no seu exemplo e obra: orfanatos, escolas para os pobres, lares de deficientes, sopas dos pobres, campanhas do quilo, ambulatórios médicos, alfabetização de adultos, bibliotecas, etc., etc. 
Antes de encerrarmos estas notas gostaríamos de registrar ainda o seu ponto de vista em relação às outras doutrinas, filosofias e ideologias, aliás que são o do próprio Espiritismo, mas passemos-lhe novamente a palavra: 
Nosso amigo espiritual, Emmanuel, nos aconselha a respeitar crenças, preconceitos, pontos de vista e normas de quaisquer criaturas que não pensem como nós, mas adverte-nos que temos deveres intransferíveis para com a Doutrina Espírita e que precisamos guardar-lhe a limpidez e a simplicidade com dedicação sem intransigências e zelo sem fanatismo .

Estes são alguns dos traços biográficos desse abnegado bem-feitor que renunciou a tudo para que o mundo seja um pouco melhor e que dá pelo nome simples de Chico Xavier.